A Organização Mundial da Saúde declarou que a Covid-19 não configura mais uma situação de emergência, após de mais de três anos com essa classificação. Nesse período foram  2.923.002 casos e 46.073 mortes no Paraná.

Em Curitiba, em três anos e dois meses, foram 8 mil, setecentos e vinte e seis mortes pela doença.

Desde março de 2020, o Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional da OMS se reunia periodicamente para analisar o cenário global provocado pela doença.

Há cerca de 3 anos, o período era marcado pela espera de uma possível vacina e de restrições de circulação em alguns momentos.

Isso porque a pandemia foi decretada em 11 de março de 2020, um dia depois o Estado registrava os seis primeiros casos de infecção pela doença – mas dimensão do vírus ainda não era conhecida. Nesse momento a Secretaria Estadual de Saúde fazia os primeiros apelos a população.

 

Logo um novo objeto se tornou o principal companheiro de quem saia de casa: as máscaras. No início ainda muitas dúvidas pairavam sobre a eficácia de seu uso, mas ficou comprovada que o uso do adereço de forma correta poderia evitar a transmissão de pessoas infectadas.

 

Foi nesse momento que a vida virou de cabeça pra baixo: o tempo dentro de casa aumentou, assim como o distanciamento. Para quem trabalhava em escritórios, uma das alternativas foi o trabalho remoto. Com a produtora Danielle Milarski não foi diferente, na época ela trabalhava com eventos.

 

O Secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, lembra que na época equipes chegaram a pensar que seria algo parecido com o surto de H1N1, em 2009.

 

Ele descreve que nesse período o cenário dentro de hospitais e das secretarias de saúde era de guerra.

 

O  biomédico e presidente do Conselho Regional de Biomedicina do Paraná 6ª Região (CRBM6). Thiago Massuda, explicou que esse decreto apenas trata do fim de uma emergência.

 

Entre os momentos difíceis e também as vitórias conquistadas, o Coronavírus trouxe um legado social e de saúde em toda a população. Para o diretor do centro de epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, Alcides Oliveira, um dos legados nos atendimentos foi a digitalização e aceleração dos serviços.

 

Esse fim do decreto foi possível justamente com o avanço da imunização nesses últimos dois anos. No Paraná, o dia 18 de janeiro de 2021 ficou marcado pelo início da campanha de vacinação.

Segundo o painel de monitoramento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Paraná registrou 32.888 mortes em 2021, no ano seguinte o número de óbitos caiu para 4.829.

 

O pneumologista do Hospital Santa Cruz, Dr. Rafael Klas, descreve o ato da imunização como uma atitude coletiva.

 

Mesmo com a mudança de status pela OMS, os cuidados e orientações permanecem os mesmos. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, os próximos passos são a ampliação da vacinação bivalente, que protege contra uma das subvariantes do coronavírus. 97% dos municípios paranaenses já convocaram a população acima de 18 anos para receber esse imunizante. Informações podem ser encontradas no site saude.pr.gov.br.