A Federação das Empresas do Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar) anunciou que as interdições realizadas na BR-277, que dá acesso ao porto de Paranaguá, e na BR-376, que dá acesso ao estado de Santa Catarina, causam um prejuízo de cerca de R$ 60 milhões por dia para as transportadoras.

Segundo o presidente da Fetranspar, Sérgio Malucelli, os bloqueios realizados devido aos deslizamentos de terra que aconteceram no final de novembro aumentaram os custos diários do transporte de cargas nas rodovias. Por conta do maior tempo de viagem, devido aos desvios e utilização de rodovias de pista simples, os gastos com o transporte tiveram elevação.

Desde quarta-feira (5), a BR-277 teve seu tráfego liberado sentido litoral apenas em pista simples. Mesmo com o desbloqueio, o trânsito segue um fluxo mais lento que o habitual. Já a PR-410, conhecida como Estrada da Graciosa, e que também dá acesso ao litoral do Paraná, segue bloqueada por causa de deslizamentos de terra e de uma trinca na pista, na altura do km 7.

A BR-376, principal acesso para Santa Catarina, seguirá interditada pelo menos até terça-feira (6), segundo a concessionária que administra a rodovia. Na segunda-feira (30), um deslizamento de terra no km 668,7 matou dois caminhoneiros e deixou seis pessoas feridas. A rodovia está interditada para avaliação da situação das pistas atingidas para uma possível liberação.

Devido à interdição, os caminhoneiros precisam utilizar a BR-116, que é de pista simples, para chegar ao estado vizinho. O presidente da Fetranspar falou sobre como esse desvio aumentou, de maneira considerável, o custo operacional das transportadoras. Ele conta que a velocidade média dos caminhões, que era de 65 km/h, baixou para cerca de 20 km/h.

Por: Bruno de Oliveira