Os feirantes que atuam no Largo da Ordem, no centro histórico de Curitiba, têm reclamado da qualidade das barracas fornecidas pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). No último domingo (18), um temporal causou transtornos para os comerciantes que atuam no local, causando prejuízos.

A artesã Tiene Roseli Takahashi, que é uma das representantes que atua na área, questionou a qualidade do protótipo apresentado para eles. A expectativa da prefeitura da capital é de que os novos modelos sejam implementados até março deste ano, mas os feirantes não têm gostado da iniciativa.

O projeto de troca das barracas começou no final do ano passado e, segundo o Executivo Municipal, a ideia é sentir a adaptação dos artesãos com relação ao novo formato. Tiene explica que o modelo adotado não é capaz de suportar a chuva e o calor, causando incômodo para quem precisa trabalhar.


SAIBA MAIS:


Áudios divulgados por outros comerciantes que atuam no local mostram a insatisfação do grupo com a troca das barracas. O protótipo conta com uma estrutura projetada com sistema retrátil para montagem e desmontagem, armação em aço galvanizado, aparadores em madeira, lonas em laminado em PVC e o tecido é de poliéster.

O objetivo do novo modelo apresentado pela prefeitura é modificar o visual da feira a partir da implementação das novas barracas. Ao mesmo tempo, quando o novo formato foi divulgado, o Executivo Municipal avaliou que ele seria o suficiente para proteger os comerciantes, o que não tem acontecido, segundo eles.

A chuva do último domingo não foi a primeira a causar prejuízo para os feirantes. O grupo está relutante em continuar comercializando os produtos na região com o novo formato indicado pela prefeitura. A ideia é de que a administração municipal repense o protótipo fornecido para os comerciantes.

Por meio de nota, a prefeitura de Curitiba disse que está recolhendo formulários de sugestões para a adequação das novas barracas e que está sendo efetuado o detalhamento técnico e providências necessárias para reforçar a estrutura para a chuva. O Ippuc também tem orientado os comerciantes a utilizarem as lonas baixadas e fixadas, em caso de chuva, e o uso do plástico cristal, para evitar problemas durante temporais na cidade.