Com a ampliação de produtos fora do ‘tarifaço” de produtos brasileiros aos Estados Unidos, a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) afirmou que há uma expectativa de novas inclusões para outros setores que ainda não foram beneficiados.

Na quinta-feira (21), o governo norte-americano anunciou que alimentos como carnes, café, açaí, coco e castanhas estão isentos das taxas de exportação de 40%, impostas em agosto deste ano.

A medida vale para produtos que chegaram aos Estados Unidos desde o último dia 13 de novembro.

Sobre a nova inclusão de produtos fora do tarifaço, Jefrey Albers, gerente do Departamento Técnico e Econômico do Sistema Faep, avaliou de maneira positiva a nova atualização e contou sobre a expectativa de produtos que ainda não foram contemplados voltarem ao mercado exportador.

Com a ampliação da isenção, os produtos agora beneficiados podem ter uma ampliação no comércio exterior, mesmo com a procura por mercados alternativos durante a taxação neste segundo semestre.

Sobre mercados alternativos, o gerente do Departamento Técnico e Econômico do Sistema Faep afirmou que o tarifaço serve como exemplo para não depender de um país específico para negociação. Jefrey Albers citou a China como exemplo recente.


SAIBA MAIS


Produtos ainda são taxados pelos Estados Unidos

Apesar de as negociações entre os governos brasileiro e norte-americano mostrarem um efeito em uma nova lista de exceções ao tarifaço, produtos ainda são taxados ao serem exportados aos Estados Unidos. É o caso da madeira, cuja exportação caiu 55% no país, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci).

No Paraná, uma empresa chegou a demitir 400 trabalhadores e colocar outros 1,1 mil em regime de layoff com a imposição das taxas.

Durante a semana, em visita à Região Metropolitana de Curitiba, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), havia mencionado a saída da celulose das tarifas, além da redução de taxas de alguns tipos de madeira e armário.

Em outubro, durante Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) na Malásia, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump se reuniram pela primeira vez para falar sobre a taxação. O encontro, cobrado por diferentes setores da economia brasileira, inclusive o produtivo, marcou o início do diálogo entre os dois governos para tratar da redução das tarifas.