A Secretaria de Estado da Saúde reforça a importância da imunização contra a febre amarela no Paraná, após pedido do Ministério da Saúde para que estados e municípios comuniquem casos suspeitos da doença com agilidade. O comunicado acontece após dois novos casos em São Paulo.

No Paraná, o último caso de infecção ocorreu em 2019, sendo que em 2022 houve registro de um caso importado da doença, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.
A maior parte dos casos ocorre entre dezembro e maio, mas o biomédico presidente do Conselho Regional de Biomedicina do Paraná, Thiago Massuda, alerta que fatores como o calor persistente tendem a impulsionar os casos da doença.

Nas áreas urbanas a transmissão da febre amarela ocorre pela picada do mosquito Aedes Aegpti, o mesmo transmissor da dengue. Os sintomas mais graves costumam ser icterícia, hemorragia, insuficiências dos órgãos, além de febre alta.

Por isso o médico lembra que a principal maneira de prevenir a infecção por febre amarela é a imunização contra a doença, que é recomendada mesmo para áreas de menor risco. No Paraná, a cobertura vacinal para febre amarela foi de 81% em 2023.

Além dos cuidados por parte da população, a prevenção também deve ser feita pelas equipes de vigilância e de imunização por meio de ações nas áreas afetadas e a notificação do adoecimento ou morte de macacos, animais também afetados pela doença. É importante lembrar que os animais não transmitem o vírus para os humanos, eles apenas indicam a presença da doença em determinada região.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, foram registrados 48 casos suspeitos no atual período epidemiológico 2023/2024 no Paraná, sendo que nove seguem em investigação.