A ciclista Maria Claudete de Carvalho, de 64 anos, que sofreu um mal súbito e caiu de bicicleta na BR-277 no fim de semana teve morte encefálica confirmada nesta quarta-feira (13). Depois de dois dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário Cajuru, a família de Claudete fez o aceite para a doação dos órgãos da ciclista. O procedimento pode salvar mais de uma dezena de vidas. A coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes, Juliana Ribeiro Giugni, explica como é feito o procedimento para que a doação aconteça.

Em 2024 foram realizados 130 transplantes de órgãos de doadores falecidos entre janeiro e fevereiro, segundo dados do Sistema Estadual de Transplantes do Paraná. Entre as pessoas 194 que tiveram mortes com notificação para serem possíveis doadoras, 79 efetivamente fizeram a doação.

A taxa de recusa familiar no Paraná hoje é de 25%, abaixo do índice nacional que é de 43%. Para a coordenadora, a conversa com os familiares em vida é muito importante, já que esta é a única forma de garantir a doação após a morte.

No Paraná, 2073 pessoas esperam por um transplante de rim, que é o órgão com a maior lista de espera, seguido pela córnea, com 1323. Na fila ainda estão 245 pessoas que aguardam por um fígado e outras 40 que precisam de um coração. A doação de órgãos não impede que o paciente tenha um funeral feito pela família, com caixão aberto. Além disso, ela pode ser feita em vida em algumas situações, em casos como doações de rim e pulmão.