O alerta sobre a falta de medicamentos já é nacional. Na última semana o Ministério da Saúde informou que investiga os motivos da falta de 86 substâncias utilizadas em hospitais e unidades de saúde.

No Paraná, de acordo com o médico neurocirurgião Charles London, presidente da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (FEMIPA) a situação está difícil. Procedimentos precisam ser adiados e o uso de alguns medicamentos é racionado. Falta inclusive soro fisiológico e contraste para exames.

As matérias-primas não chegam para as indústrias. Reflexo do conflito entre Ucrânia e Rússia, além de questões de economia interna na China, de onde muitos insumos são importados.

Não há perspectivas de normalização dos estoques, segundo o presidente da FEMIPA.

A Secretaria de Estado da Saúde (SESA) esclareceu à CBN Curitiba, por meio de nota, que no momento não há falta de soro fisiológico nos Hospitais e Unidades Próprias sob gestão direta da SESA.

Sobre a falta de medicamentos a pasta disse que adquire medicamentos, por meio do Centro de Medicamentos do Paraná (CEMEPAR), para abastecimento da rede hospitalar própria sob GESTÃO DIRETA da Secretaria, considerando o elenco padronizado para atendimento dessas unidades.

No momento a SESA/PR informou que enfrenta dificuldade de aquisição do corticóide budesonida suspensão para inalação, que está sendo substituído por beclometasona suspensão para inalação e do broncodilatador fenoterol solução para nebulização, que tem sido substituído por salbutamol.

A nota diz ainda que é importante salientar que vários dos medicamentos em falta fazem parte do Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF), cuja responsabilidade pela aquisição é das Secretarias Municipais de Saúde para posterior dispensação no nível ambulatorial por meio das Unidades Básicas de Saúde e abastecimento das Unidades de Pronto Atendimento.

O monitoramento da disponibilidade de medicamentos na rede privada de saúde não é de competência da SESA/PR.

Já a Prefeitura de Curitiba informou, também por meio de nota, que não há falta de medicamentos para pacientes atendidos na rede SUS, em Curitiba, atualmente.

Os medicamentos que fazem parte da Farmácia Curitibana estão disponíveis nas unidades municipais e também há estoque no almoxarifado da Secretaria Municipal da Saúde.

Assim, como outros municípios brasileiros, porém, Curitiba observa uma dificuldade na aquisição de novos lotes de alguns antibióticos, antitérmicos, analgésicos e antialérgicos. Essa dificuldade está relacionada à dinâmica do mercado e da indústria farmacêutica atualmente no país.

O texto diz ainda que, atentos a essa realidade, o município trabalha sempre no sentido de buscar opções terapêuticas para que não ocorra desabastecimento no futuro.