Desde o mês de abril, quando começou o período sazonal das doenças respiratórias, o Hospital Pequeno Príncipe teve alta demanda por atendimento e internamento de crianças, tanto com sintomas respiratórios quanto com Covid-19. Neste momento, segundo o hospital, a procura por atendimento continua alta, mas dentro do esperado para o período.

De acordo com o boletim Covid, divulgado diariamente pelo Hospital Pequeno Príncipe, o número de casos está em queda. Há um mês, desde o dia 21 de junho, foram 147 casos confirmados da doença e uma morte em decorrência do coronavírus. Já no mês de maio houve 211 confirmações de infecção pelo vírus Sars-Cov-2 e uma morte. De acordo com dados do boletim, nesse período houve queda de cerca de 64% no número de casos e as mortes se mantiveram estáveis. Na última semana, houve a confirmação de 23 casos e nenhuma morte foi registrada.

O vice-diretor técnico do Hospital Pequeno Príncipe (HPP), Victor Horácio de Souza Costa Júnior, explica que ainda há crianças que são internadas por complicações da Covid-19 e também chama a atenção para as sequelas que a doença deixa em muitos pacientes.

Victor Horácio ressalta que, neste momento, há crianças internadas em decorrência da Covid-19 e também da Influenza, em razão da baixa adesão à vacinação contra a gripe.

Desde a chegada do outono, especialmente entre abril e maio, foi um período crítico para o Hospital Pequeno Príncipe, que passou a receber apenas pacientes encaminhados pela rede pública de saúde, por conta da alta demanda por atendimento pediátrico na instituição. A unidade registrou aumento de 153% de pacientes no Pronto Atendimento, nesses dois meses, e chegou a atender 400 crianças em um único dia.

Conforme esses números e da gravidade da Covid-19 em crianças, o Pequeno Príncipe se posiciona de forma favorável em relação à aplicação da vacina contra a doença em crianças. Segundo o hospital, dos 288 casos de internamentos registrados, este ano, até 12 de julho, devido à Covid-19, 186 se concentraram em crianças com até 5 anos, sendo a maioria dos casos, 111, em lactentes, crianças que estão em fase de amamentação.

Em razão desses casos, o hospital considera a liberação do uso do imunizante da Coronavac, em crianças de 3 a 5 anos, um passo importante contra a Covid-19. De acordo com a instituição, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou o uso da vacina, produzida pelo Instituto Butantan, baseado em estudos nacionais e internacionais que comprovaram a eficácia e a segurança do imunizante para essa faixa etária.

A mesma opinião é compartilhada pela infectologista e professora do curdo de Medicina da Universidade Positivo, Viviane Macedo.