A sentença foi proferida pelo juiz Daniel Ribeiro Surdi Avelar, no julgamento pelo Tribunal do Juri de Curitiba que durou quase 12 horas. A decisão dos jurados, na madrugada desta sexta-feira (27) foi de que Katia das Graças, ex-policial civil deve cumprir 14 anos e 3 meses de prisão em regime fechado, por atirar e matar a copeira Rosaira Miranda da Silva, em dezembro de 2016.

No entanto, a defesa de Katia interpelou um recurso e ela segue em liberdade até que o processo esteja em trânsito julgado. Para o advogado da ex-policial Peter Amaro, a pena foi injusta.

 

Katia foi condenada por homicídio qualificado, com agravante de motivo torpe e por dificultar a defesa da vítima. O advogado da ex-policial civil espera que a pena seja reduzida para até seis anos.

O crime aconteceu em 23 de dezembro de 2016, quando a copeira Rosaira Miranda da Silva, estava em uma festa de confraternização, ao lado da residência da policial. Irritada com o barulho, Katia teria atirado contra os participantes da festa de dentro do seu apartamento e feriu a copeira na cabeça, que acabou morrendo nove dias depois do ocorrido.

Durante o juri, Katia das Graças assumiu a autoria do disparo e disse que não teve a intenção de matar a vítima.

 

Os jurados estiveram na residência da condenada, que fica na Rua Matheus Leme, em Curitiba. Eles puderam ter a visão de como o fato ocorreu. A tese sustentada pelo Promotor de Justiça, Marcelo Balzer Correia, foi de que a ré tinha outras possibilidades.

 

Em liberdade, a ex-policial civil não usa tornozeleira eletrônica e ainda não cumpriu nenhum dia de sua pena, já que teve suas prisões preventivas negadas na época dos fatos.