Uma ex-escrivã de um cartório e mais duas pessoas foram condenados a penas que, somadas, chegam a 102 anos de prisão por se apropriarem de dinheiro público, em Alto Piquiri, no noroeste do Estado.
A estimativa é que o valor desviado ultrapasse os 500 mil reais. Eles foram condenados pelos crimes de associação criminosa e peculato.
Conforme apurado pelo Ministério Público, a então servidora do Cartório da Vara Cível, da Família, da Infância e Juventude e os familiares dela se apropriavam de valores que estavam sob custódia do Poder Judiciário.
Segundo o promotor de Justiça Renan Guilherme Goes de Lima, a escrivã emitia alvarás judiciais em nome do então marido e da mãe dela. Depois eles sacavam os depósitos em Juízo.
A ex-escrivã deve cumprir 33 anos e 8 meses de prisão e os familiares 34 anos e 4 meses cada um. Além da prisão e da pena de multa, os três foram sentenciados a devolver os valores desviados indevidamente e a servidora perdeu o cargo público.
Eles foram presos nessa semana e já cumprem a pena em regime fechado.
O processo transitou em julgado, inclusive perante o Supremo Tribunal Federal.