Segundo o estudo, uma das formas de superar essa curva de estagnação é ampliar as faixas etárias elegíveis à vacinação, com a imunização das crianças, e criar novas estratégias para aumentar a aplicação da primeira dose em pessoas que vivem em locais remotos. Para os pesquisadores, a estagnação tem maior relação com dificuldade de acesso do que com recusa em receber a vacina.

Segundo o médico infectologista pediátrico, Vitor Horácio, em entrevista recente à CBN Curitiba, o início da vacinação de crianças precisa ser breve, especialmente diante da nova variante Ômicron.

Atualmente, cerca de 85% dos brasileiros podem se vacinar, se consideradas todas as pessoas acima de 11 anos. No entanto, os pesquisadores observaram que, desde setembro, o ritmo de vacinação da primeira dose no Brasil vem desacelerando. E nos dois meses seguintes ao dia 9 de outubro esse ritmo caiu ainda mais a cada Semana Epidemiológica (SE), chegando perto do zero – cerca de 0,08% por dia. Para os pesquisadores, isso poderia sugerir que a vacinação já está próxima do seu limite, com 74,95% da população imunizada com a primeira dose.

O estudo da Fiocruz lembra que a estratégia de vacinação como medida de mitigação da pandemia tem sido uma medida efetiva, no Brasil e no mundo. A população, de uma forma geral, vem aderindo à aplicação do imunobiológico. E acrescentam, em relação à vacinação infantil, que há imunizantes com comprovada eficácia para este grupo etário e estudos de segurança indicam que é possível sua utilização.

O médico infectologista reforça que as medidas básicas de controle da Covid-19 devem continuar.