As internações hospitalares por doenças respiratórias são menores em municípios com mais áreas verdes. Foi o que comprovou estudo conduzido por pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana (PPGTU) da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). O objetivo do trabalho era avaliar como a infraestrutura verde urbana (IVU), composta por praças, parques, jardins planejados, fragmentos florestais, reservas florestais urbanas, bosques e arborização, impacta na saúde da população.

Uma das autoras da pesquisa, a engenheira civil Luciene Pimentel, conta que foram analisadas informações de 397 cidades do estado do Paraná. Cafeara e Flórida ficaram de fora do estudo por conta de lacunas nos dados.

Algumas características foram ponderadas pela população total e por segmentos relacionados a sexo e faixa etária. Dois indicadores foram escolhidos: um associado à arborização de ruas e outro à área de unidades de conservação da biodiversidade por habitante nos limites do município.

Agora a etapa é analisar a fundo os dados de cada cidade para auxiliar no replanejamento urbano. Curitiba é a primeira da lista.

A especialista lembra que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 99% da população mundial respira ar que excede os limites de qualidade recomendados pela entidade. Ainda, estima-se que, além de inúmeros problemas de saúde, a poluição atmosférica cause 7 milhões de mortes anuais no planeta.