A Universidade Federal Paraná (UFPR) decidiu abrir processo administrativo e afastou 25 estudantes, por 30 dias, para apurar a responsabilidade dos veteranos que aplicaram o trote violento em cerca de 20 calouros do curso de medicina veterinária. Os quatro estudantes que foram presos em flagrante, mas atualmente estão em liberdade utilizando tornozeleiras eletrônicas, também seguem afastados da instituição.
O trote foi aplicado na noite do dia 30 de março, em um terreno baldio, próximo à entrada do campus Palotina. No local, cerca de 20 calouros tiveram queimaduras pelo corpo, após os veteranos jogarem um líquido que estava em uma lata de creolina.
O reitor da Universidade Federal Paraná, Ricardo Marcelo Fonseca, fala sobre o processo instaurado pela instituição.

A universidade dispensou as vítimas de frequentarem as aulas para que possam fazer tratamento de saúde. Segundo a Universidade Federal do Paraná, professores de dermatologia, do curso de Medicina da cidade de Toledo, realizam tratamentos individualizados nos estudantes, que também recebem apoio de assistentes sociais e psicólogos da instituição de ensino.

Segundo o reitor, a cultura do trote é triste e antiga no país, mas comenta que ficou surpreso com o que aconteceu com os calouros do campus de Palotina.

Ricardo Marcelo explica que a universidade vai reforçar as campanhas para acabar com os trotes violentos.

Conforme a UFPR, o processo administrativo segue de forma a garantir o direito de defesa e contraditório, até mesmo para que não seja invalidado.

Se houver necessidade a universidade pode prorrogar o afastamento por mais 30 dias para que a investigação ocorra com normalidade dentro do campus.

A Universidade Federal do Paraná orienta que estudantes ou membros da comunidade que presenciarem qualquer ato violento, discriminatório ou constrangedor com relação à recepção dos calouros, pode realizar denúncia pelo telefone 41-984021131 ou por meio dos endereços de e-mail [email protected] e [email protected]