O Paraná tem hoje 88 municípios em estado de emergência, outros 17 estão com decretos de Calamidade Pública. Com isso, a expectativa é de que estas cidades recebam recursos estaduais e federais para conseguir realizar a sua reconstrução. As chuvas de outubro fizeram com que o Rio Iguaçu, um dos principais do estado, transbordasse em diversas regiões. Além das enchentes, a alta precipitação e os ventos fortes destruíram 45 casas e danificaram mais de 27 mil, impactando mais de 245 mil paranaenses, segundo o último boletim da Defesa Civil Estadual.

No entanto, para conseguir parte dos R$259 milhões liberados pelo Governo Federal, as prefeituras precisam ir além dos decretos. Nem todas as cidades enviaram seus planos de contingência e por isso a Secretaria do Desenvolvimento Social e Família (Sedef) do Estado do Paraná, em parceria com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, com a participação de representantes do Ministério do Desenvolvimento Social, vai realizar um curso para gestores municipais produzirem a documentação necessária para obter esses recursos, como explica a diretora de Assistência Social da Sedef, Quelen Coden.

O curso será realizado na segunda (20), em Curitiba e os gestores devem se inscrever pelo site da Escola de Gestão do Paraná.

Em sua passagem pelo Paraná, no início do mês, o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, pontuou a necessidade da formalização das políticas de recuperação das cidades, para garantir os valores já liberados.

Ele também pontua que é de responsabilidade dos municípios a indicação do montante necessário para a realização dos trabalhos após os eventos climáticos.

Por fim, Waldez explica que existem recursos disponíveis e que o diálogo entre as esferas municipais, estaduais e federal deve acontecer para garantir que eles sejam empregados na medida certa e possam sair dos cofres públicos para se transformarem em ações para a comunidade.