Conforme o Ministério Público do Paraná (MP-PR), o posicionamento pela vacinação de crianças e adolescentes baseia-se nos estudos científicos que concluem que as vacinas contra a Covid-19, aprovadas pela Anvisa e utilizadas no Brasil, não são experimentais e já foram amplamente testadas e tiveram a eficácia atestada a partir da imunização de milhões de pessoas em diversos países.
Nesta semana, deputados estaduais chegaram a encaminhar um ofício para o Ministério Público do Paraná onde pediam a retirada da recomendação feita para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Curitiba e para a Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (Sesa) para que exijam a vacinação contra a Covid-19 das crianças e adolescentes. No entanto, as recomendações foram mantidas.
Para a advogada especializada em Direito Médico e à Saúde, Renata Farah, a vacinação contra o novo coronavírus deve ser considerada obrigatória, pois, já faz parte do Plano Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde.
Atualmente, existem 18 vacinas obrigatórias que as crianças já tomam no Brasil e que integram o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde como: BCG, Hepatite B, Poliomielite, Pneumocócica, Penta, Febre Amarela, entre outras.
Renata Farah lembra, no entanto, que nos últimos anos, por negação ou falta de informação, os pais deixaram de vacinar os filhos e isso faz com que outras doenças que já foram consideradas erradicadas, voltem a circular no país.
Para a advogada, o movimento visto no país, nos últimos anos, de pessoas contrárias à vacinação precisa parar.
Em entrevista à CBN Curitiba, nesta quinta-feira (24), o secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, disse que ainda não entende ser necessária a obrigatoriedade da vacinação no estado, mas afirmou que a imunização é a única alternativa atual para combater o vírus.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), cerca de 3 milhões de paranaenses, com 12 anos ou mais, estão com a vacinação contra a Covid-19 atrasada, seja para a primeira, segunda ou dose de reforço.