A escultura em bronze da primeira engenheira negra do Brasil, Enedina Alves Marques, está em processo de finalização e foi vista pela primeira vez por sua sobrinha, Lizete Marques, de 85 anos. A visita dos familiares de Enedina aconteceu nesta sexta-feira (8), no ateliê de escultura do Memorial Paranista, em Curitiba.

A obra, que deve estar concluída em uma semana, marca o início de uma homenagem à Enedina pelo seu legado e é uma iniciativa da Prefeitura Municipal de Curitiba e do Centro Universitário Internacional Uninter.

A escultura de Enedina será instalada num banco na Rua XV de Novembro, próximo ao Campus Garcez, do Centro Universitário Internacional Uninter, um dos pontos de maior circulação de moradores de Curitiba e turistas. Ela estará sentada com um livro nas mãos. A Uninter decidiu apoiar a ação, para dar visibilidade para essa personagem histórica que demonstra o poder de transformação de vida por meio da educação.

Quem foi Enedina

Enedina Alves Marques é uma pioneira que marcou seu nome na história, através da busca pela educação, para atingir os seus objetivos. Teve uma origem muito humilde, filha de um lavrador e uma empregada doméstica. Venceu vários desafios e com 32 anos conseguiu se formar na profissão que escolheu. Sua vitória foi homenageada pelo Google, em 13 de janeiro deste ano, quando ela completaria 110 anos. Entre as suas obras de destaque estão o desenvolvimento do Plano Hidrelétrico do Paraná, com ênfase para o projeto da Usina Capivari-Cachoeira, o Colégio Estadual do Paraná e a Casa do Estudante Universitário de Curitiba.

A escultura de Enedina Alves Marques é uma criação do escultor Rafael Sartori e foi desenvolvida no Ateliê de Escultura do Memorial Paranista. Foram quatro meses de produção, de um trabalho minucioso que começou em julho.

Editado por Lucca Gomes com supervisão de Felipe Harmata