Conforme o outono avança pelo Paraná as temperaturas começam a cair gradativamente anunciando a aproximação do inverno. É nesse período que a população volta a atenção a população em situação de rua, que não apenas sofrem com a fome, mas também correm o risco de sofrer hipotermina.
Na última semana, a Prefeitura de Curitiba acolheu 1.390 pessoas em situação de rua, quando as temperaturas caíram mais significativamente pela primeira vez no ano. A capital paranaense conta com 4 casas de abrigo.
A diretora de Atenção à População em Situação de Rua, Grace Kelly Puchetti Ferreira, explica que as equipes fazem o atendimento emergencial quando as temperaturas caem abaixo dos 8Cº.
Dentro do abrigo os assistentes oferecem café, almoço e janta, além de vestimentas e cobertores.
Dos mais de mil acolhidos na semana passada, 410 foram atendidos em casas de passagem, locais podem chegar espontaneamente ou levados pelas equipes. Grande parte dos moradores já são usuários de hotéis sociais, unidades de acolhimento institucional e república do município.
Durante o trabalho das equipes de acolhimento, os moradores em situação de rua não são levados a força. Por isso, um dos desafios da equipe é o convencimento.
Quando a pessoa decide permanecer na rua, educadores sociais entregam cobertores.
Um dos assistentes de resgate, Marco Aurélio, explica que algumas pessoas não tem consciência sobre o risco da hipotermia.
Devido a isso, a Prefeitura também orienta que a população ajude a proteger as pessoas em situação de rua. A orientação é para que entrem em contato com a Central 156, por telefone, site ou pelo aplicativo Curitiba 156, sempre que avistarem alguém nessa condição.
Ao todo a Fundação de Ação Social (FAS) conta com 1.407 vagas de acolhimento em 31 unidades, próprias e parceiras. O número pode ser ampliado, de acordo com a demanda.
Por: Vinicius Bonato