Um encontro para promover o plantio e a troca de experiências sobre árvores nativas da Mata Atlântica que estão ameaçadas de extinção vai ocorrer no próximo domingo (26) no Ekôa Park, que fica em Morretes. O projeto prevê espalhar mudas no litoral do Paraná, com o apoio de uma rede de plantadores parceiros.

O evento faz parte do programa Salvando Árvores da Extinção, que é uma parceira entre o parque, cientistas e empresários da região, em prol de restaurar esse bioma. Silvia Ziller, pesquisadora do Instituto Hórus, que organiza o projeto, explica que o intuito é estimular o plantio de espécies que foram muito usadas para exploração madeireira.

O programa surgiu quando a empresa Porto Morretes, fabricante de cachaças, encontrou dificuldade de comprar barris de madeiras brasileiras nativas da Mata Atlântica para trabalhar com o envelhecimento de algumas bebidas.

Desde o início do projeto já foram coletadas quase 20 mil sementes e foram produzidas mais de duas mil mudas de 25 espécies raras e endêmicas, ou seja, que só existem na região.

As mudas são distribuídas para os 70 proprietários que participam da rede e, como afirma Tatiana Perim, CEO do Ekôa Park, o encontro deste domingo (26) está marcado para que os envolvidos conheçam mais sobre as mudas que recebem.

O evento deste domingo também será um espaço para que os plantadores parceiros entendam mais sobre as características de cada espécie, como explica Victor Paolineti, engenheiro florestal responsável pelo viveiro que produz as mudas.

Para registrar o local exato de plantio das mudas distribuídas, o programa conta com um aplicativo disponível para iOS e Android que salva uma foto, a data, o local do plantio e informações detalhadas sobre a semente. Ao todo já foram plantadas e cadastradas mais de 1.100 mudas.

Agora o objetivo do projeto é expandir as áreas de plantio para Guaraqueçaba, Paranaguá, Caiobá, Matinhos, Guaratuba e também para o litoral norte de Santa Catarina.

Por: Brenda Niewiorowski e Lucian Pichetti