Estamos no ano de 1818 e há 3 dias eu acompanho como é feito o transporte para o litoral da erva-mate colhida na região de Curitiba.
Após o sapeco, a erva embalada em grandes sacos de couro é colocada no lombo das mulas.
Os acidentes com as tropas são comuns. Ontem, ao atravessarmos uma ponte, duas mulas se desiquilibraram e caíram no rio, levando a perda das mercadorias e dos animais.
Em Porto de Cima, São João da Graciosa e Morretes, onde estamos agora, é que ocorre o processo de beneficiamento em engenhos que aproveitam da força hidráulica, nos abundantes rios da região.
Após ser beneficiada, a erva segue, em Canoas pelo rio Nnhundiaquara, em direção à Paranaguá, de onde é exportada principalmente para a Bacia do Prata.