As indicações recebidas pelo Ministério da Saúde, por meio de um Informe Técnico, apontam como deve ser feito o uso da vacina bivalente da Pfizer. Porém, antes é preciso explicar alguns pontos que deixam dúvidas na população.

Um deles é sobre a diferença entre as vacinas. Segundo a farmacêutica norte-americana, o imunizante monovalente tem apenas uma cepa ou componente do vírus e foi criado com o vírus original do Sars-CoV-2, que causa a doença. Já o imunizante bivalente protege contra duas variantes do agente infeccioso de uma vez só e também foi produzido com o vírus original, além de incluir as cepas mais recentes da Covid-19, como a Ômicron e suas subvariantes BA.1, BA.4 e BA.5.

A vacina monovalente é indicada para início ou continuidade dos esquemas vacinas primários e também doses de reforço. O público-alvo da vacinação com esse imunizante são crianças entre seis meses e 11 anos e adolescentes e adultos de 12 a 59 anos.

O imunizante bivalente é recomendado para doses de reforço e é indicado para ps seguintes públicos: idosos de 60 anos ou mais; pessoas que vivem em instituições de longa permanência a partir de 12 anos e os trabalhadores desses locais; imunossupirmidos a partir de 12 anos; indígenas, ribeirinhos e quilombolas a partir de 12 anos; gestantes e mulheres que acabaram de ter filho recentemente; trabalhadores da área de saúde; pessoas com deficiência permanente a partir de 12 anos; população privada de liberdade e adolescentes que cumprem medidas socioeducativas, bem como funcionários do sistema prisional.

Lembrando que pessoas que tomaram apenas uma dose da vacina anticovid ou nenhuma devem ser vacinadas com imunizante monovalente até completar as duas primeiras doses iniciais.

Outro questionamento esclarecido é sobre a eficácia da vacina bivalente. Segundo o Ministério da Saúde, foi observado que após a primeira onda de vacinação houve uma redução da proteção imunológica ao longo do tempo, principalmente nas faixas etárias com 60 anos e mais. Essa redução se mostra mais evidente com a Ômicron. As vacinas bivalentes elevam a efetividade da proteção para prevenção da doença sintomática e formas mais graves da Covid-19 inclusive para a Ômicron.

Em relação ao intervalo necessário entre as vacinas monovalente e bivalente, o Ministério da Saúde, orienta que as pessoas que se encaixam nos grupos aptos a receberem a vacina bivalente devem ter finalizado o esquema primário completo, com duas doses, há, pelo menos, quatro meses.

Por fim, todas as autoridades atestam que a efetividade das vacinas diminui com o passar do tempo, por isso é necessário fazer a renovação da proteção para prevenção da doença.

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina bivalente foi autorizada de maneira provisória e emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e deve ser utilizada como dose de reforço com intervalo igual ou superior a quatro meses, após a conclusão do ciclo primária ou da vacinação de reforço monovalente em pessoas com 12 anos ou mais de idade.