Uma das pesquisas mais importantes do ano para os empresários mostra que eles estão, na maioria, otimistas para o próximo ano. A 26ª Sondagem Industrial, realizada pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) com industriais de todas as regiões do estrado, aponta que quase 70% dos entrevistados estão otimistas para 2022.

Os principais motivos são: o avanço da vacinação contra a Covid-19, a abertura de novos mercados e melhoria no ambiente de negócios.

A resposta positiva dos empresários também está ancorada na perspectiva de crescimento das vendas.

Para o presidente do Sistema Fiep, Carlos Valter Martins Pedro, mesmo com muitos desafios, a retomada em 2022 deve ser reflexo de quase todos os setores da indústria.

Por outro lado, a Sondagem revelou que questões de cunho político-eleitoral, falta de mão de obra qualificada, dificuldade de acesso a crédito, demanda insuficiente no mercado interno e oscilações cambiais são preocupações latentes dos empresários que podem impactar nos negócios.

O economista da Fiep, Evanio Felippe, lembra que 2021 foi de desafios, principalmente, com a falta de matéria-prima para os setores da indústria, influenciando diretamente os resultados. Em 2022, juros e inflação devem chamar a atenção dos empresários.

Quando avaliado o planejamento de acordo com o porte das empresas, os resultados mostram uma diferença provavelmente relacionada à capacidade financeira e à prioridade de cada uma. Quase 100% das grandes companhias confirmaram que os investimentos serão feitos para ampliar a capacidade produtiva, logística e para melhorar produtos e serviços. Já entre as médias, 77% vão utilizar os recursos para reduzir custos de produção e ampliar a capacidade interna. As pequenas priorizarão melhoria em processos e produtos e a redução de custos de produção. E os microempreendedores querem melhorar a qualidade do que vendem, ou seja, produtos e serviços serão o alvo preferencial.

A mostra coletada pela 26ª Sondagem Industrial representa mais de 50 mil estabelecimentos industriais de 37 segmentos, que geram mais de 814 mil empregos no estado.