Empresário e servidora pública foram condenados a prisão por organização criminosa e corrupção. A investigação faz parte da operação Quadro Negro e apurou que a construtora pertencente ao empresário mantinha, em 2015, dez contratos para serviços em escolas sem cumprir com os prazos para a entrega dos serviços, mesmo recebendo valores quase integrais.

A participação da servidora, que ocupava o cargo de agente de execução, na função de técnica administrativa na Secretaria de Estado da Educação, era conferir agilidade na tramitação dos procedimentos relacionados à construtora envolvida nas ilegalidades.

De acordo com o promotor Felipe Lamarão, a servidora recebeu vantagens indevidas, como promoções e designações que lhe renderam aumentos em seus vencimentos, além de cerca de R$ 200 mil em espécie.

O grupo criminoso teria atuado em conjunto com o então diretor do Departamento de Engenharia, Projetos e Orçamentos da Secretaria de Estado da Educação – já condenado pela Justiça.

A sentença publicada pela 9ª Vara Criminal de Curitiba fixada as penas de 16 anos, 9 meses e 21 dias de reclusão (em regime inicial fechado) e a perda do cargo público para a servidora e de 6 anos e 6 dias de reclusão para o empresário (em regime inicial semiaberto).