Apenas uma empresa participou do leilão do lote 2 do novo pedágio no Paraná. O consórcio Infraestrutura EPR apresentou uma proposta de desconto de 0,08%.
O Governo do Paraná estipulou três premissas básicas para concessão: menor tarifa, maior número de obras e transparência do processo. Dentro desse critério, o objetivo principal do leilão é trazer a disputa para o maior número de empresas interessadas.
O advogado e doutor em Direito do Estado, Bernardo Strobel Guimarães, explica que as empresas levam em conta vários critérios antes de participarem do processo. O principal fator levado em conta é o compromisso com os valores e as obras que o futuro concessionário deverá operar.
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Ele avalia que a participação de apenas uma empresa mostra que o mercado enxergou a proposta como muito custosa e com pouca atratividade econômica para investimento.
Ele lembra que o primeiro lote teve baixa concorrência também. Um dos motivos pode ser a quantidade de projetos dentro de uma proposta. Em alguns casos algumas empresas não possuem tanto porte para custear.
A elaboração do programa de concessões foi objeto de um amplo estudo técnico que envolveu a realização de diversas consultas públicas e milhares de colaborações de usuários, batendo o recorde de um processo deste tipo pela ANTT.
O Lote 2 tem uma extensão total de 605 quilômetros e receberá investimentos de R$ 10,8 bilhões em obras. As intervenções incluem a duplicação de 350 quilômetros, instalação de 138 quilômetros de faixas adicionais, 73 quilômetros de vias marginais e 72 quilômetros de ciclovias. Serão ainda 107 novos viadutos, 52 passarelas, 35 pontos de correção de traçado e oito passa-faunas – estruturas que permitem o deslocamento de animais silvestres sem o risco de atropelamento.