Menos horas de trabalho, mais produtividade. É o que promete o teste da semana de quatro dias no Brasil. Vinte empresas aderiram ao novo modelo e estão em fase de implantação. Uma delas é de Curitiba, capital do Paraná.

Ana Clara Del Monte é Líder de Projetos da Haze Shift há dois anos. Desde semana passada todos os colaboradores da empresa passam por um período de adaptação. Neste tempo serão redesenhados processos de trabalho. Ana Clara já planeja as atividades para o dia extra livre.

Marcos Daniel Goes, Co-Fundador e Líder de Transformação Digital na Haze Shift, explica que o processo de transição será feito em fases. Durante os primeiros meses do experimento, as empresas vão continuar na semana de cinco dias até definirem sua estratégia, comunicar os clientes e outras possíveis organizações que serão impactadas.

E como deve ser feita a escolha do dia extra de folga? Segundo Marcos Daniel Goes o foco será nos colaboradores.

Para João Alfredo Lopes Nyegray, especialista em Negócios Internacionais, doutor em Internacionalização e Estratégia e coordenador do curso de Comércio Exterior da Universidade Positivo (UP), a lógica do trabalho mudou e é preciso repensar os processos.

O especialista lembra ainda que o projeto prevê a redução da carga horária, mas não dos salários.