A sessão acontece de maneira virtual e foi aberta a partir de 0h desta sexta-feira (9). Os ministros têm até as 23h59 para confirmar ou discordar sobre a decisão proferida apenas pelo ministro e relator Dias Toffoli, que determinou, de forma monocrática, que a vaga de Deltan Dallagnol seja destinada a Luiz Carlos Hauly, que é do mesmo partido, o Podemos do Paraná. No plenário virtual, os ministros não precisam debater sobre o tema, apenas votam no sistema eletrônico do STF.

No dia 22 de maio, menos de uma semana após a cassação do registro de candidatura de Dallagnol, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE), definiu que a cadeira seria de Itamar Paim (PL), que chegou a ser diplomado em uma cerimônia no edifício-sede do TRE em Curitiba. A decisão foi baseada no fato de Hauly não ter atingido 10% do quociente eleitoral, condição para assumir a vaga. No entanto, a deliberação foi questionada pelo Podemos na Suprema Corte e acatada pelo ministro Dias Toffoli, que também negou pedido de Dallagnol contra cassação de sua candidatura, que decretou a perda do mandato de deputado federal pelo Podemos.

Após a decisão de Toffoli, Luiz Carlos Hauly, falou com a CBN Curitiba sobre como será sua atuação no Congresso.

Luiz Carlos Hauly, de 72 anos, é professor, economista, e foi eleito deputado federal por sete vezes, entre 1991 e 2009. Também foi vereador e prefeito de Cambé, município da Região Metropolitana de Londrina, que fica no Norte do Paraná e já atuou como secretário da Fazenda do Paraná.

O ex-deputado e economista, Luis Carlos Hauly, Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.

Em 2022, Deltan Dallagnol foi eleito deputado federal com 344 mil votos, o mais votado no Paraná. Porém, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aceitou denúncias contra a candidatura do ex-procurador da Operação Lava Jato, que culminou na perda do mandato parlamentar. No entendimento unânime dos ministros da Corte Eleitoral, Deltan infringiu a Lei da Ficha Limpa ao antecipar sua exoneração, renunciando ao cargo de procurador, para se candidatar a deputado federal, e assim evitar processos disciplinares que estavam pendentes.

Até o momento, quatro ministros já votaram, o próprio Dias Toffoli, que confirmou seu voto concedida na liminar, Alexandre de Moraes, que também é presidente do TSE, e acompanhou o voto do relator, Toffoli, para autorizar a diplomação de Hauly; André Mendonça e Gilmar Mendes, também em favor de Hauly