Em 2021, 70,9% de parte da população do Paraná estava com excesso de peso. Destes, 37,2% apresentam obesidade, sendo 22,2% obesidade grau I, 9,5% obesidade grau II e 5,5% obesidade grau III. O dado, fornecido à CBN Curitiba pela Secretaria de Estado da Saúde, é referente ao acompanhamento de 870.898 pessoas adultas que tiveram o peso e a altura aferidos na Atenção Primária à Saúde em 2021.
No Brasil, a obesidade aumentou 72% nos últimos 13 anos, saindo de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019, de acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico 2019 (Vigitel). Em Curitiba, a obesidade (IMC igual ou maior que 30) afeta quase 18% da população, e cerca de 54% da população está com excesso de peso (IMC igual ou maior que 25).
Para a médica endocrinologista e presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – regional PR, Maria Augusta Karas Zella, a obesidade é uma pandemia silenciosa e um dos mais graves problemas de saúde a se enfrentar. A pandemia de Covid-19 reforçou ainda mais o alerta, segundo a especialista.
O que precisamos no momento é trabalhar para mudar a realidade.
Entre os tratamentos, mudanças na alimentação, inclusão de atividade física. Dependendo do caso, até uma cirurgia bariátrica.
Onze anos e 165 quilos separam André Martins do antes e pós-bariátrica. Apesar do sobrepeso, o gatilho para o vendedor cogitar o procedimento para redução de peso foi uma dor no nervo isquiático que o deixou 30 dias preso a uma cama.
A recuperação não foi fácil, mas hoje a vida de André é normal.
De acordo com o cirurgião bariátrico Caetano Marchesini, do Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba, o procedimento só é indicado para pacientes que precisam eliminar mais de 30 quilos, por exemplo.
De acordo com o especialista, nos últimos 10 anos, a cirurgia via robótica tem crescido também na rotina dos cirurgiões bariátricos. Apesar de atualmente menos de 5% dos procedimentos serem realizados via robótica, ela tem papel importante nos pacientes chamados super-obesos, que são pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 50 kg/m².
