Um levantamento do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, feito a pedido da CBN Curitiba, mostra que somente em 2022, foram mais de cem acidentes em canaletas de ônibus da capital

De janeiro a maio deste ano foram 103 ocorrências, sendo 54 com vítimas. No ano passado o número chegou a 190, de janeiro a dezembro, com 128 vítimas.

Na última semana pai e filho morreram após serem atropelados por um biarticulado no bairro Bigorrilho. Os dois atravessavam a canaleta quando foram atingidos pelo ônibus.

Segundo o especialista em trânsito, Celso Mariano, a distração é o principal fator de acidentes como este.

As canaletas são de uso exclusivo dos ônibus. A circulação por esses locais precisa ser redobrada.

Um dos dispositivos já utilizados na cidade para tentar reduzir atropelamentos são as grades. No local onde pai e filho morreram não há grades.

Para Henry Teruo Sato, gerente de tráfego de uma das empresas operadoras do transporte coletivo de Curitiba, a instalação desses dispositivos em todas as canaletas é indispensável, além de pedestres e ciclistas manterem uma atenção maior quando passarem por esses locais.

Por meio de nota a Prefeitura de Curitiba reforçou que as grades impedem a passagem de pedestres em pontos sensíveis onde a visibilidade é limitada tanto para pedestres como para motoristas.

Ao longo dos eixos por onde circulam as linhas de BRT, segundo a Prefeitura, há cerca de 12,5 Km de gradis implantados no entorno de estações, nos itinerários por onde circulam os Ligeirões, e em áreas de grande fluxo com riscos de atropelamentos.

Hoje, os Ligeirões operam nos eixos Boqueirão e Norte-Sul, desde o Santa Cândida até a Praça do Japão. São cerca de 300 metros de gradil por estação.

A orientação do executivo municipal é para que haja atenção permanente do pedestre, como também que evite a circulação nos canteiros e que ultrapasse na faixa, respeitando a semaforização.