Eles são pequenos, frágeis e em grande parte não possuem discernimento sobre o certo e errado. Alvos fáceis de criminosos, as crianças e adolescentes estão dentro de uma estatística infeliz. Segundo a Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente em Situação de Risco Para Violência, que atua em Curitiba, em 2021 foram 432 notificações em que ocorreram violência sexual de crianças e adolescentes.

Em 78,5% dos casos as vítimas eram do sexo feminino. Já a violência sexual representa 11,4% das ocorrências registradas na capital contra esse grupo.

Um dos programas de atendimento às vítimas, o DEDICA, Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, é responsável por prestar apoio aos instrumentos governamentais no combate e acolhimento dos menores, como explica a coordenadora do projeto Luci Pfiffer.

 

Segundo a promotora de Justiça Tarcila Santos Teixeira, da Promotoria de Justiça de Infrações Penais contra Crianças, Adolescente e Idosos de Curitiba, do Ministério Público do Paraná, a dificuldade maior está em conseguir o relato das vítimas, que acabam demorando ou muitas vezes não conseguindo denunciar os agressores.

 

Desta forma, as denúncias são primordiais. Em casos suspeitos, inclusive os que não possuem materialidade conhecida ainda.

 

Nestes casos, conforme afirma a promotora, a recomendação é que na dúvida, a denúncia seja feita.