A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA) declarou que o fenômeno El Niño está de volta ao Oceano Pacífico. O serviço dos Estados Unidos acompanha o clima na região e é um dos órgãos que oficializa o início desse tipo de fenômeno.

Nessa época do ano os paranaenses geralmente convivem com dias mais secos e frios, com formação de geadas principalmente no centro-sul do estado e ocorrência de chuvas com as passagens de frentes frias.

No Paraná a meteorologia vê a possibilidade de que o segundo semestre do ano seja mais chuvoso do que o normal e temperaturas acima da média, como destaca a meteorologista da MetSul Meteorologia, Estael Sias.

A última vez que o El Niño ocorreu foi em 2019. O fenômeno acontece quando há um aquecimento nas águas do Pacífico na altura da Linha do Equador.

Mesmo com esses parâmetros, os impactos também dependem da intensidade do fenômeno, o que ainda é cedo para confirmar.

Por enquanto, o que vem se mostrando nos últimos meses de acordo com as simulações por computador é de que o El Niño pode ser de forte intensidade, com duração até o início de 2024, pelo menos.

Essas mudanças no clima costumam impactar a vida da população de diferentes formas. Além da importância dos agricultores ficarem atentos com a chance de mais chuvas na primavera, a meteorologia também alerta que a população deve tomar ainda mais cuidado com a dengue. O Paraná é justamente o Estado com o maior número de casos no Sul.

Além disso, nos dias mais chuvosos as pessoas tendem a se aglomerar mais em ambientes fechados. O inverno já costuma ser um período de aumento de casos de gripe.

O El Niño não é o único fenômeno que acontece no Oceano Pacífico. A La Niña também ocorre e é justamente o oposto: o resfriamento das águas desse oceano. Foi ela que marcou presença nos últimos três anos.

Por: Vinicius Bonato