O desembargador Miguel Kfouri Neto, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), relator do caso envolvendo o vereador Eder Borges, decidiu que enquanto o processo não for finalizado, o parlamentar não poderia perder o mandato na Câmara Municipal de Curitiba (CMC).

Na decisão desta terça-feira (14), o desembargador determinou a retificação do chamado trânsito em julgado da ação envolvendo o parlamentar e a APP Sindicato. Com isso, Eder Borges pode ter o mandato devolvido no Poder Legislativo municipal.

Em maio deste ano, Eder Borges teve o mandato cassado pela Câmara Municipal de Curitiba por conta de um processo criminal envolvendo o parlamentar e que foi movido pela APP Sindicato.

No processo, a APP Sindicato alega que Eder Borges, em 2016, quando ainda não era vereador de Curitiba, difamou a associação com uma montagem de fotos atribuindo à APP Sindicato a manipulação de estudantes nas escolas do Paraná.

Na ocasião, Eder Borges compartilhou uma foto do Colégio Estadual do Paraná e ao lado uma foto com uma foice e um martelo, símbolos do Comunismo.

Eder Borges chegou a ser condenado por difamação e, por isso, a Câmara Municipal de Curitiba decidiu pela cassação do mandato.

O advogado Alexandre Zeigelboin, que representa o parlamentar, disse que Eder Borges deve pedir o retorno ao cargo.

 

Na última semana, o vereador Mestre Pop (PSD) tomou posse e ocupou o lugar de Eder Borges. No entanto, com a recente decisão do desembargador, o caso pode ter mais uma reviravolta.
A CBN Curitiba entrou em contato com a Câmara Municipal de Curitiba e aguarda retorno.