Em Sociologia, existe um conceito chamado anomia social, que foi desenvolvido pelo sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917) a fim de explicar os caminhos e os fatos com os quais a sociedade produz momentos ou fases em que ocorre a interrupção das regras que regem os indivíduos e a vida coletiva.
O termo “anomia” deriva da palavra grega nomos, que significa “norma” precedida pelo prefixo de negação “a-“, daí então a palavra “anomia”, que é a negação das normas de convívio social e a ausência de regras.
O subproduto dessa situação social e política leva muitas pessoas ao isolamento perante a coletividade e gera várias crises e patologias sociais, além de fragilizar e enfraquecer as estruturas que orientam as ações dos indivíduos.
Em momentos de crise, como é a anomia social, em face da perda de função das leis, das normas públicas e da própria Constituição, diminui a ética pública, há redução da disciplina no convívio social e parte da população se distancia das regras que orientam a sociedade.
É uma situação muito perigosa. A anomia social resulta em desarmonia entre os indivíduos e a coletividade. E essa situação, tenha a origem que tiver, não deve interessar a nenhum partido e a nenhum cidadão, a não ser algum grupo que queira tirar vantagens da diminuição das regras.
Trazendo esse tema para a área da Economia, temos o exemplo da estrutura tributária brasileira que se tornou um monstro com excesso de leis, regras complicadas, portarias e regulamentos demais, e tudo formando uma confusão monumental que ninguém consegue entender completamente.
Uma consequência disso é que o Poder Judiciário vive entupido de processos judiciais em volume de milhões e milhões, uma coisa insana.
Eu venho fazendo essa reflexão e tenho dito que o Brasil precisa recuperar e fortalecer quatro impérios, para trilhar a estrada do crescimento econômico, do desenvolvimento social e da diminuição da pobreza.
Esses quatro impérios necessários são:
O IMPÉRIO DA LIBERDADE e a responsabilidade que lhe corresponde.
O IMPÉRIO DA DEMOCRACIA, com os pilares que a sustentam como democracia eficiente e legítima.
O IMPÉRIO DA ECONOMIA DE MERCADO, para gerar investimentos, empreendimentos, emprego, renda, impostos e desenvolvimento.
O IMPÉRIO DA LEI e a firme prevalência da Constituição e do devido processo legal. É o Estado de Direito.
Esse roteiro não tem adversário, a não ser algum partido radical revolucionário que queira criar o maior caos possível para recolher os cacos e implantar alguma ditadura totalitária. Todos os partidos dizem que não desejam isso.
Os partidos falam o tempo todo em liberdade e democracia e os agentes públicos que tomam decisões estão sempre dizendo que o fazem em nome da liberdade e da democracia.
Se não há ninguém mentindo, então o roteiro dos quatro impérios que acabo de citar não tem adversário. Se tiver adversário, ele está se escondendo por trás de um discurso falso.
Pense nisso!