Oito policiais militares foram presos, na manhã desta quinta-feira (9), em duas operações distintas deflagradas no Paraná.

Na capital, a Polícia Civil cumpriu três mandados de prisão, sendo um policial militar e outras duas pessoas suspeitas de envolvimento em um latrocínio e ocultação de cadáver, em março de 2021. Durante a ação, foram apreendidos celulares, cheques e um veículo.

As ordens judiciais foram cumpridas nos bairros Fazendinha, Parolin e Santa Cândida e contou com apoio da Corregedoria da Polícia Militar. Segundo a corporação, a operação é para investigar o desaparecimento de um homem no dia 14 de março de 2021. Durante apuração, foi identificado que a vítima possuía um alto valor em sua conta bancária.

Ainda segundo a polícia, os itens pessoais do homem desapareceram e marcas de sangue foram identificadas na residência. A suspeita é que os envolvidos tenham ateado fogo na vítima, que não teve seu corpo localizado até o momento.

Já na região de Guaíra, na fronteira com o Paraguai, a Polícia Federal deflagrou uma operação contra organização criminosa com atuação no transporte de cigarros contrabandeados. Sete policiais militares foram presos durante a ação.

Os mandados foram cumpridos nas cidades de Guaíra, Terra Roxa, Iporã, Francisco Alves, Umuarama, Cafezal do Sul, Altônia e no município catarinense de Balneário Camboriú. Além das prisões, foram apreendidos fuzis e dinheiro.

Conforme a PF, o grupo contou com a participação de policiais militares que recebiam propina para facilitar as atividades, fornecendo informações sobre operações e também dando cobertura à ação dos suspeitos.

Os investigados vão responder por contrabando, participação em organização criminosa e corrupção ativa e passiva.

Em nota, a Polícia Militar informou: “A Polícia Militar do Paraná esclarece que não compactua com qualquer desvio de conduta praticado por seus membros e que cada caso será apurado com o devido rigor. Em ambos os casos, as operações contaram com o apoio da Corregedoria da corporação, que também colocará os militares estaduais à investigação em processos internos e administrativos cabíveis. A PMPR ressalta que as armas, carregadores e distintivo dos envolvidos já foram recolhidos”.

Por: Estagiária Juliana Henzch sob supervisão de Andressa Tavares