Dois policiais militares foram denunciados pelo Grupo Especial de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, por tortura praticada contra civis.

A denúncia foi recebida nesta sexta-feira (04), pelo Juízo da Vara da Auditoria da Justiça Militar.

O caso aconteceu no ano passado em São José dos Pinhais, o promotor de justiça Emiliano Antunes Motta Waltrick explica que as vítimas, dois homens, foram agredidas física e psicologicamente supostamente para que revelassem aos PMs a localização de um depósito de drogas.

O Gaeco aponta dois fatos que caracterizam o crime de tortura, que é passível de pena de reclusão por até 8 anos, além da perda do cargo público.

As torturas foram constatadas em laudos técnicos, sendo identificadas as práticas de estrangulamento e sufocamento, até o quase desmaio, com uso de objetos como sacos plásticos e, em uma das situações, a meia de uma das vítimas.

De acordo com o Ministério Público, pessoas podem denúncias casos de abuso de autoridade.

O coordenador do Núcleo da Cidadania e Direitos Humanos da Defensoria Pública do Paraná, Antonio Vitor Barbosa de Almeida, destaca que o Paraná é o estado do sul com a maior incidência de casos como esse.

Ele defende algumas medidas de fiscalização dos trabalhos dos policiais, além de promover debate qualificado sobre esse assunto.

No caso de abuso de autoridade a população pode denunciar.

Durante o ano de 2022, foram registradas no Paraná 488 mortes ocasionadas a partir de confrontos com policiais. O balanço é do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).