Dois dos três pacientes com intoxicação por metanol confirmada após ingestão de bebida alcoólica destilada no Paraná já receberam o etanol farmacêutico, utilizado como antídoto.


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Até o final da tarde desta terça-feira (6), três casos suspeitos para o componente estão em análise, e outros três já foram descartados após exames laboratoriais.

No final da noite desta terça-feira (7), o Ministério da Saúde informou que enviou, até o momento, 360 ampolas de etanol farmacêutico para o Paraná.

A quantidade aplicada do antídoto é relativa. Segundo um exemplo da Sesa, um paciente de 100 quilogramas, internado em estado grave, pode requerer até 100 ampolas em 24 horas.

O membro do Conselho Regional de Farmácia do Paraná, Fábio Queiroz, explicou que o etanol farmacêutico, quando aplicado como antídoto, compete com o metanol, na metabolização da substância pelo fígado.

Queiroz lembrou que o etanol também é tóxico, porém numa quantidade bem menor do que o metanol. Por isso, o etanol, utilizado de maneira farmacêutica, é antídoto para as intoxicações.

A pureza do etanol farmacêutico chega perto dos 100%, maior do que o álcool 70% e o álcool 90%, conforme explicou o conselheiro.

O antídoto é aplicado de maneira injetável, porém a fabricação é restrita a poucas farmácias de manipulação, por conta do risco envolvido e das medidas sanitárias que devem ser adotadas para garantir que não haja riscos aos pacientes.

O membro do Conselho Regional de Farmácia lembrou que, depois da produção, o etanol farmacêutico passa por um período de isolamento até a aplicação, o que pode causar atraso no tratamento dos pacientes intoxicados.

Paraná aguarda novos repasses de etanol farmacêutico

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná informou que aguarda novos repasses de etanol farmacêutico para a aplicação nos pacientes.

Uma vez recebido, o antídoto é encaminhado diretamente ao hospital em que o paciente está internado, com notificação do estado ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS).

Por: Johan Gaissler