Os prejuízos para o setor do transporte de cargas no Paraná, desde o fim das concessões do pedágio no estado há quase dois anos, já passam de R$ 450 milhões. O levantamento é da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar). Nesta semana a empresa que arrematou o lote 1 do pedágio no estado pediu adiamento da assinatura do contrato. Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o procedimento administrativo está previsto no edital.
O presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), Sérgio Luiz Malucelli, diz que os prejuízos podem ser ainda maiores caso aconteçam novos adiamentos.
De acordo com Ágide Meneguette, presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, os produtores rurais também devem ser impactados com o atraso do início das obras nas rodovias.
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Fernando Moraes, presidente da Faciap e coordenador do G7, diz que a preocupação agora é com a manutenção das rodovias.
O setor produtivo deve fazer uma reunião na próxima semana com o DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes para buscar respostas.
O leilão do Lote 1 foi realizado em 25 de agosto. O vencedor foi o grupo Pátria, que vai administrar mais de 470 quilômetros de estradas localizadas em Curitiba, Região Metropolitana, Centro-Sul do Estado e Campos Gerais. O total de investimento deve ser de quase R$ 8 bilhões em obras de melhorias e manutenção em trechos das rodovias BR-277, BR-373, BR-376, BR-476, PR-418, PR-423 e PR-427.
Procurado pela CBN Curitiba, o governo do Paraná, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PR), comunicou que, a partir do pedido de adiamento da empresa, praticamente ficam sincronizados os lotes 1 e 2 para o mês de janeiro de 2024. A nota diz ainda que o governo segue prestando serviço de guincho mecânico leve e pesado e de operação de tráfego rodoviário nas rodovias do antigo Anel de Integração.