Há dois anos, o Paraná confirmava os seis primeiros casos do novo coronavírus. Isso aconteceu precisamente em 12 de março. As duas primeiras mortes em decorrência da Covid-19 foram confirmadas após duas semanas, no dia 27 de março. Desde então, mais de 2,3 milhões de casos foram confirmados no Estado e 42,4 mil paranaenses morreram por complicações da doença.
Em função da data, a Secretaria de Estado da Saúde divulgou um balanço sobre os dois anos da pandemia. Uma das primeiras ações foi a criação de um Comitê Gestor de Enfrentamento da Covid-19, abrangendo diversas áreas para discussão e tomada de decisão, além de um Centro de Operações de Emergências (COE) para monitoramento da doença.
Com as confirmações de casos, vieram as estratégias de enfrentamento à doença e atendimento aos pacientes, como a criação de leitos exclusivos para casos suspeitos ou confirmados com Covid-19. Para isso, foram ativados cerca de dois mil leitos. Paralelamente, houve a decisão pelo isolamento e distanciamento social, como forma de frear o avanço do coronavírus.
Com o aumento expressivo no número de casos na chamada “segunda onda”, registrada por volta de março de 2021, com a chegada da variante Delta, os serviços de saúde ficaram sobrecarregados. O Paraná somou, em junho, 4.987 leitos exclusivos para a Covid, com pelo menos 90% de ocupação. Naquele período, pelo menos seis mil pessoas estavam internadas entre as unidades exclusivas, pronto atendimentos e serviços privados.
Essa sobrecarga na rede hospitalar trouxe um novo desafio para o enfrentamento à doença: a escassez de medicamentos elencados no chamado “kit de intubação”, para sedação e manutenção da sedação de pacientes intubados em leitos de UTI.
Ao longo de 2021, ao mesmo tempo em que o número de casos e morte preocupavam, chegaram as vacinas. A vacinação começou em janeiro do ano passado e, como tudo o que aconteceu na pandemia, também foi um processo lento e doloroso. Relatos de fura-fila, demora na chegada de doses… Mas a vacinação finalmente avançou.
Após a segunda onda da doença, em conjunto com o avanço da imunização – mesmo que ainda restrita -, os números de casos e óbitos começaram a apresentar queda, até chegar dezembro do ano passado. Com a chegada da variante ômicron os números voltaram a subir em todo o Paraná, sugerindo uma “terceira onda” da doença.
Janeiro de 2022 foi marcado por mais de 448 mil diagnósticos positivos para a Covid, além de 561 mortes. Mesmo com o aumento expressivo na contaminação pelo vírus, os índices de internações e mortalidade da doença se mantiveram estáveis, comprovando a efetividade dos imunizantes utilizados, na avaliação da Secretaria de Estado da Saúde.
O secretário Beto Preto fez uma análise sobre o período.
Agora, um novo passo: o Governo do Estado se prepara para a possível flexibilização do uso de máscaras. Item indispensável durante este combate a Covid-19, o uso da máscara é obrigatório por lei no Paraná, mas poderá ser dispensado em ambientes externos nos próximos dias, dependendo do cenário epidemiológico da doença.
Já foi enviado um projeto de lei à Assembleia Legislativa do Paraná com esse objetivo. A tramitação e votação devem acontecer até a próxima quarta-feira, dia 16 de março.
Com informações da SESA