Em Curitiba, o primeiro caso confirmado de Covid-19 na cidade foi de um homem de 54 anos, em março de 2020. A confirmação veio após ele regressar de uma viagem pela Europa, apresentar sintomas e procurar atendimento na rede privada de saúde. Ele conseguiu se recuperar da doença.

E essa era a dinâmica. Quem viajava, quem tinha contato com essas pessoas, se tornaram os primeiros casos. Até que foi declarado o status de transmissão comunitária. Vieram tantas variantes, tantas cores de bandeira… como tantas etapas que o curitibano enfrentou nesta pandemia.

Curitiba registrou, até esta quinta-feira, um total de 412.894 casos confirmados. Destes, 401.035 se recuperaram (97,1% do total). Desde o início da pandemia, foram contabilizadas 8.162 mortes de moradores pela doença. Neste momento, são 3.697 casos ativos na cidade, correspondentes ao total de pessoas com potencial de transmissão do vírus. O número é 4,5 vezes menor que o maior registro, 16.739 casos, há 38 dias.

Atualmente, a cidade tem 84,2% da população vacinável (com 5 anos ou mais) completamente imunizada (dose única ou duas aplicações). Ao todo, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) já aplicou mais de 4 milhões de doses da vacina e segue aplicando o imunizante para quem ainda tem doses a receber (primeira e segundas doses e reforços).

Bandeiras

Curitiba está há 8 meses em bandeira amarela. Com a melhora dos indicadores, os estabelecimentos voltam a poder funcionar com a capacidade máxima de público a partir desta quinta-feira.

A cor da bandeira como referência para as restrições contra a covid-19 foi uma das ações a no combate à pandemia. Criada em junho de 2020, passou a mensurar e apresentar a situação da pandemia e nortear medidas sanitárias para manter o sistema de Saúde com capacidade de atendimento.

A partir da análise de uma série de indicadores, o Comitê de Técnica e Ética Médica da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) passou a definir, por decretos, as medidas em cada novo momento da pandemia, que incluiu ondas de aumento da transmissão e a circulação de novas variantes, como Gama, Delta e Ômicron.

Assim, a cidade passou por momentos de maior ou menor restrição das atividades e circulação de pessoas, uma das principais ações de contenção da transmissão do vírus enquanto o mundo esperava pela criação e da vacina. 

Neste período, a cidade chegou a ter 1.294 leitos SUS exclusivos para a covid-19 (sendo 548 leitos de UTI e 746 de enfermaria clínica). O quadro atual é bem diferente do período mais crítico: nesta quinta-feira, Curitiba conta com 82 leitos de UTI-covid ativos, com uma taxa de ocupação de 33% e 55 leitos vagos. Entre os 165 leitos de enfermaria ativos atualmente, a taxa de ocupação é de 47%, com 88 leitos livres.

Nos momentos com mais demanda, a secretaria municipal de saúde separou fluxos nas Unidades de Saúde, tornou as UPAs pontos de internamento e ativou três hospitais para atendimento dos casos de covid-19. Foram mais de 9,8 mil profissionais da Saúde no combate à pandemia – 2,5 mil foram contratados durante a pandemia como reforços a partir de 2020.

Com informações da SMS