Além da programação cultural e do acervo permanente de autores indígenas da Fundação Cultural de Curitiba, o Dia Internacional dos Povos Indígenas, celebrado nesta terça-feira (9), é lembrado na Caravana Étnico Cultural, que estreia no próximo sábado (13), com programação na CIC.

O projeto passará por todas as dez regionais da cidade e foi elaborado com o objetivo de reforçar as ações afirmativas de negros, indígenas e ciganos.

O Dia Internacional foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1995 como forma de dar mais visibilidade à causa dos povos indígenas e lutar pela defesa de condições dignas para eles – principalmente em relação à cultura, audodeterminação e garantia dos Direitos Humanos.

Produção cultural
Na Caravana, a cultura e tradição indígenas estarão representadas em duas barracas da Feira de Empreendedorismo. O artesão Suélio Fàg Fy é um dos participantes.

Caingangue morador da aldeia Kakané Porã, no bairro Campo de Santana da capital, Suélio produz um vasto leque de artesanato: maracás, cocares, pulseiras, colares, tiaras, carrancas, cestos, entre outros.
Segundo ele, a produção e exposição dos produtos são formas de manter viva a cultura indígena. “Cada artesanato tem sua história”, diz.

Respeito e valorização
A criação do Dia Internacional dos Povos Indígenas foi resultado de uma reação dos povos indígenas de várias partes contra ataques sofridos em seus próprios territórios, após mais de 500 anos de a conquista europeia ter imposto formas de opressão durante as ocupações ocorridas pelo Globo – e que em muitos casos resultou em extermínio de povos inteiros.

Em 2006, a ONU aprovou a Declaração das Nações Unidas sobre Direito dos Povos Indígenas, estabelecendo compromissos a serem seguidos pelos Estados signatários.

O artigo primeiro estabelece que os indígenas têm direito, individual ou coletivo, ao “pleno desfrute de todo os diretos humanos e liberdade fundamentais” reconhecidos pela Carta das Nações Unidas.

Na celebração deste ano, o secretário-geral da ONU, o português António Guterres, destacou a importância do papel das mulheres indígenas na transmissão dos conhecimentos tradicionais. Segundo ele, sem a participação das indígenas será impossível alcançar equidade e sustentabilidade previstas na Agenda 2030 de desenvolvimento sustentável.

Com informações da assessoria