O número de casos de feminicídio seguem uma tendência de alta no Paraná. No ano passado os casos tentados ou realizados cresceram 30% no estado. De acordo com o Ministério Público do Paraná foram 274 registros contra 212 em 2021. As denúncias de violência doméstica também aumentaram em território paranaense: 44,4 mil em 2022 contra 42,5 mil no ano anterior.
A professora do curso de Direito do UniCuritiba, doutoranda em Direito e advogada na área da família, Adriana Martins Silva, lembra que há oito anos foi criada a lei do Feminicídio, que alterou o Código Penal e trouxe avanços. Mas, há muito ainda que precisa ser revisto.
A especialista fala ainda sobre a contenção dos crimes e do apoio às mulheres vítimas de violência
A advogada lembra que o feminicídio não é a única forma de violência contra as mulheres. De acordo com a Lei Maria da Penha estão previstas a violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral.
Jaci Candiotto, filósofa e teóloga, professora do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Políticas Públicas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUPR), lembra que muitas mulheres não entendem a violência pela qual passam, ou não conseguem denunciar o agressor.
A estrutura da nossa sociedade contribui para que a percepção das violências não sejam tão realistas quanto deveriam.
Mulheres em situação de violência devem procurar a Delegacia da Mulher em seu município ou qualquer outra unidade policial. Existe ainda a possibilidade de fazer o Boletim de Ocorrência de forma on-line.
Em casos de situação em flagrante, a mulher em situação de violência ou qualquer outra pessoa que presenciar o ato pode acionar a Polícia Militar pelo 190. As mulheres também encontram orientações na Central de Atendimento à Mulher, no 180.