A Assembleia Legislativa concluiu na manhã desta quinta-feira (24) a votação do projeto de lei que prevê a diminuição da participação do Governo do Estado na Companhia Paranaense de Energia (Copel). O texto foi aprovado por 38 votos a 13 na última votação e segue agora para a sanção do governador Ratinho Júnior (PSD).

Nesta terça-feira (23), o projeto apresentado pelo Executivo chegou a ser aprovado em primeira votação, mas foi encaminhado para a Comissão de Constituição e Justiça para a análise de cinco emendas. As propostas foram aprovadas na CCJ, mas rejeitadas em plenário.

O texto prevê a redução no percentual de participação do Governo do Estado nas ações da Copel. A deputada da oposição, Luciana Rafagnin (PT), fala em “dia triste para o Paraná” e explica qual é a preocupação.

O deputado estadual Guto Silva (Progressistas), da base de Ratinho Junior, justifica as mudanças.

A votação foi realizada sob protestos contrários ao projeto, que significaria, segundo a oposição e manifestantes, a privatização da empresa de energia.  Outras medidas administrativas também foram apresentadas pelo governo e podem começar a valer em 2023, entre elas aumento do número de secretarias e cargos comissionados no Estado e extinção de autarquias. Leandro José Grassmann, presidente do Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná, entende que a medida traz prejuízos aos funcionários e também para a população de forma geral.

Em 2001, a privatização da Copel acabou sendo deixada de lado por falta de interessados. À época, no governo Jaime Lerner, uma Lei de Iniciativa Popular para revogar a autorização da privatização chegou a ser apresentada, mas acabou sendo barrada. Porém, os atentados terroristas contra os Estados Unidos e o apagão energético no Brasil motivaram o desinteresse dos compradores. O comentarista da CBN, Luiz Geraldo Mazza, comentou sobre o episódio.

Por: Bruno de Oliveira