O deputado estadual Ricardo Arruda (União) aproveitou o tempo livre na tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), nesta segunda-feira (25), para falar que “nunca houve ditadura” no Brasil.

A fala aconteceu durante uma crítica feita pelo deputado contra o Supremo Tribunal Federal (STF) que votou pela condenação do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). Ele foi julgado por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a ministros do Supremo e a instituições como o próprio STF.

Ricardo Arruda afirmou ainda que os que foram torturados no período do regime militar “mereceram isso”.

A fala foi transmitida durante a sessão plenária e recebeu críticas, ainda durante a sessão, principalmente, do deputado Tadeu Veneri (PT) que rebateu o posicionamento do colega parlamentar.

Os dois parlamentares discutiram ainda no plenário, mas foram separados por outros deputados.

Segundo a Comissão Nacional da Verdade (CNV), criada em 2012 para apurar graves violações de Direitos Humanos ocorridas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988, 434 pessoas foram mortas ou consideradas desaparecidas no período da ditadura militar que durou de 1964 a 1985.

Neste período, não houve eleição direta para presidente, o Congresso Nacional chegou a ser fechado, mandatos de opositores foram cassados e houve censura à imprensa.