O deputado estadual Homero Marchese (Republicanos) usou a sessão da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), nesta quarta-feira (27), para falar mais uma vez da criação de cargos comissionados na Casa. A fala dele aconteceu pouco antes da Federação das Associações Comerciais do Paraná (FACIAP) encaminhar um ofício à Alep questionando a criação de 121 cargos comissionados ao custo de mais de R$ 30 milhões, por ano.

De acordo com o parlamentar, um levantamento feito pela equipe dele, apontou que existem 1741 cargos comissionados na Assembleia Legislativa do Paraná. Homero Marchese disse ainda que os números foram retirados do Portal da Transparência da Casa.

Durante o pronunciamento, ele afirmou que existem cargos comissionados, inclusive, em uma CPI que já foi extinta e que, por este motivo, não há necessidade de ocupação desses cargos.

No entanto, as reclamações também se deram após a Comissão Executiva da Assembleia Legislativa do Paraná se manifestar contra uma posição do parlamentar que se mostrou contrário à criação de uma Bancada Parlamentar Feminina.

A fala de Homero Marchese aconteceu na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), após uma proposição assinada pelas cinco deputadas estaduais com cadeira no legislativo estadual que altera normas do regimento interno e, além de criar a Bancada Feminina, estabelece que 30% da Mesa Diretora seja ocupada por mulheres.

Na ocasião, a deputada estadual Cristina Silvestre (PSDB), autora da proposição, rebateu o parlamentar e disse que é preciso ter representatividade feminina na Casa.

Ao reprovar a posição de Homero Marchese, a Comissão Executiva da Alep disse ainda que a manifestação do deputado demonstra profundo desconhecimento e indiferença frente as dificuldades e barreiras impostas às mulheres na sociedade brasileira, e pode ser classificado como retrógrado, machista e misógino.

A CBN Curitiba entrou em contato com a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para falar sobre os cargos comissionados e aguarda retorno.