Márcia Huçulak foi a mulher mais votada para deputada estadual no Paraná. A partir de 2023 vai integrar a maior bancada feminina da história da Assembleia Legislativa do estado (Alep), que passa a contar com 10 mulheres exercendo seus mandatos parlamentares. Até essa eleição eram cinco representantes no legislativo estadual, o que significa um aumento de 100% na representatividade feminina.

Diante do total de vagas, 54, a bancada composta por mulheres representa apenas 18,5% dos parlamentares eleitos.

As novas integrantes da bancada feminina, além de Huçulak, são as deputadas, Ana Júlia (PT), Marli Paulino (Solidariedade), Flávia Francischini (União) e Cloara Pinheiro (PSD), que se juntam às reeleitas Mabel Canto (PSDB), Maria Victória (PP), Luciana Rafagnin (PT), Cantora Mara Lima (Republicanos) e Cristina Silvestri (PSDB).

A ex-secretária de saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, falou que sentiu o reconhecimento da população paranaense feito na área da saúde.

Ser a mulher mais votada do Estado traz muita responsabilidade, segundo Huçulak.

Com apenas 22 anos, Ana Júlia, afirmou que está muito feliz por, em pouco tempo e pela segunda vez, fazer parte da maior bancada feminina de uma casa legislativa.

Ana Júlia é estudante de Direito na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e de Filosofia na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Atuante desde que tinha 16 anos, ela foi uma das lideranças estudantis secundaristas durante as ocupações dos colégios estaduais, em 2016, que se opôs à Reforma do Ensino Médio e à Emenda Constitucional 95/2016. De 2016 para cá, Ana Júlia se envolveu em campanhas pela erradicação do trabalho infantil e está ligada à Associação Brasileira de Juristas pela Democracia.

A jovem deputada falou sobre as pautas que vai defender na Assembleia Legislativa a partir do próximo ano.

O presidente da mesa diretora da Casa, Ademar Traiano, afirmou que o resultado significa um grande avanço para a política do estado. Traiano também falou sobre a criação da bancada feminina e possibilidade de uma mulher integrar a mesa executiva da Casa.

Para a fundadora do grupo de pesquisas Comunicação Eleitoral da Universidade Federal do Paraná (UFPR), professora Luciana Panke, ainda há um longo caminho para ser conquistado pelas mulheres na política, mas o aumento da bancada significa um grande avanço.