A procura por testes de dengue registrou crescimento de até 900% em laboratórios do Paraná entre janeiro e fevereiro deste ano. O aumento na testagem acontece durante alta nos casos de dengue em todo o Paraná. Entre 31 de janeiro e 6 de fevereiro foram confirmados 49 casos autóctones na região de Curitiba, ou seja, casos adquiridos no próprio município. A capital paranaense não costuma registrar casos locais, sendo a maioria importados.

Esse aumento expressivo foi verificado no Laboratório de Análises Clínicas (LANAC), onde foram realizados 2,4 mil testes para a doença nos primeiros quinze dias de fevereiro. O diretor técnico Marcos Kozlowski explica que, no ano passado, foram 500 testes neste mesmo período, quase quatro vezes a menos.

Também segundo o diretor técnico, a taxa de positividade está em 30%, o que representa um índice bem acima da média. Além disso, a maioria dos casos confirmados é originária do litoral paranaense.

Ele também comentou que, historicamente, março, abril e maio são os meses em que são registrados os maiores números de casos da doença no Paraná. Isso mostra que os diagnósticos começaram mais cedo nesse ano.

O último Informe da Dengue, divulgado quarta-feira (14) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), apontou 8.441 novos casos e mais sete mortes pela doença no Paraná entre 31 de janeiro e 6 de fevereiro.

Inicialmente, os sintomas podem ser confundidos com outras doenças mais comuns. Febre alta, com duração de dois a sete dias, pode ser um indício da dengue se estiver associada a outros sintomas, como náuseas ou vômitos, manchas vermelhas no corpo, dor no corpo e articulações, dor de cabeça ou dor atrás dos olhos, mal-estar e falta de apetite.

Em Curitiba, a recomendação é para pessoas com sintomas suspeitos procurarem as UPAs ou unidade básica de referência. A partir da suspeita do diagnóstico de dengue, a equipe de saúde vai indicar o tratamento adequado e o acompanhamento do paciente.