Após três pedidos de impugnação da candidatura o deputado federal, Deltan Dallagnol deve assumir a cadeira na Câmara em Brasília em 2023. O parecer favorável ao deferimento do político como elegível veio do Ministério Público Eleitoral (MPE).

As denúncias apontavam que Deltan estaria com a ficha suja por uma pendência de Processo Administrativo Disciplinar (PAD), junto ao Ministério Público, onde atuava como procurador, o que o tornaria inelegível. Outro recurso afirmava que o lavajatísta foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por gastos com diárias e passagens de outros procuradores da Lava Jato.

No parecer do MPE ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), a procuradora Mônica Dorotéa Bora, destacou que não há Processo Administrativo Disciplinar aberto contra Deltan e que a condenação do TCU foi suspensa por liminares e recursos favoráveis obtidos pelo candidato junto ao Ministério Público e a Justiça Federal. No despacho a procuradora descreve que em razão das provas apresentadas ao Ministério Público Eleitoral, Deltan Dallagnol está elegível e deve ter a sua candidatura deferida.

Em nota enviada pela assessoria de imprensa, Deltan Dallagnol comemorou dizendo que “o Ministério Público Eleitoral reconhece o que nós vínhamos dizendo. Não existe nenhum impedimento legal à minha candidatura”.

Após eleito, no último domingo (2) por 244 mil eleitores, sendo o mais votado para o cargo de deputado federal, Deltan afirmou à CBN que vai seguir com a bandeira de combate a corrupção erguida após a criação da Operação Lava Jato.

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná deve definir a situação do candidato em julgamento marcado para a próxima semana.