O parlamentar cassado e ex-procurador do Ministério Público Federal em Curitiba, Deltan Dallagnol (Podemos), tem até segunda-feira para apresentar a sua defesa para a Corregedoria da Câmara dos Deputados, em Brasília. Por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele foi retirado do cargo em 16 de maio, por decisão unânime dos juízes.

O pedido foi publicado na terça-feira (23) no Diário Oficial da União, e o prazo para defesa do deputado é de cinco dias úteis. Na decisão do TSE, Dallagnol foi obrigado a deixar o cargo por ter cometido irregularidades ao sair do MPF enquanto respondia a processos adminsitrativos.

Dallagnol era procurador de Justiça da Operação Lava Jato no Ministério Público do Paraná. O deputado foi eleito por 344 mil votos, sendo o mais votado no Paraná nas eleições de 2022. O TSE acatou a um grupo de denúncias contra a candidatura do magistrado, duas delas movidas pela coligação Brasil da Esperança e pela comissão provisória do Partido da Mobilização Nacional (PMN) no Paraná.

Na segunda-feira (22), o substituto de Dallagnol, Itamar Paim (PL), foi diplomado no Tribunal Regional Eleitoral no Paraná. O novo parlamentar participou da cerimônia no edifício-sede do tribunal em Curitiba. A diplomação é uma formalidade para anunciar a escolha dos eleitores.

Itamar Paim é pastor evangélico e teve 47 mil votos, porém não tinha conseguido índice suficiente para assumir. Com a saída de Dallagnol, ele será o substituto. Em entrevista à CBN, ele falou que deverá manter a mesma postura de oposição ao Governo Federal, adotada pelo ex-procurador