Mesmo com a previsão inicial da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) de que os novos contratos de concessão das rodovias estaduais e federais que fazem parte do Anel de Integração do Paraná sejam assinados no terceiro trimestre de 2022, isso pode não acontecer.

São vários fatores que influenciam essa previsão e que podem fazer com que os contratos sejam assinados até mesmo no final do próximo ano. Atualmente, o projeto está sob análise do Tribunal de Contas da União (TCU) para então ser feito o edital e levado para a Bolsa de Valores onde será realizado o leilão.

Desta forma, as praças de pedágio continuariam sem cobranças e os usuários enfrentando algumas dificuldades nas rodovias, seja por trechos sem manutenção ou mesmo por demoras no atendimento de ocorrências já que esses serviços não serão prestados pelas concessionárias.

O advogado, pós-doutor em Direito, especialista em licitações e compliance, Rodrigo Pironti, explica que acordos com algumas concessionárias permitirão a manutenção de alguns trechos das rodovias que cruzam o estado, mas na grande maioria, os trechos serão de responsabilidade do Governo do Paraná ou mesmo do Governo Federal.

Em entrevista à CBN Curitiba, nesta terça-feira (14), o secretário-chefe da Casa Civil, Guto Silva, afirmou que o Estado deve destinar mais de meio bilhão de reais para as rodovias paranaenses e que esse valor deve sair de outras áreas do governo.

Rodrigo Pironti frisa que nos trechos em que o governo será responsável e que não houve um acordo com as concessionárias anteriores, ações judiciais devem definir de que forma as empresas ressarcirão o Estado pelos serviços não prestados durante a vigência dos contratos.