O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano (PSD), afirmou que a curta permanência dos deputados que tomaram posse e deixaram os cargos no prazo de 48 horas não terá custos para a Casa. Traiano explicou os cuidados tomados até uma decisão definitiva da Justiça.

Após a decisão do STF, Fernando Francischini anunciou em uma rede social que já entrou com recurso extraordinário contra a decisão do colegiado.

A Assembleia Legislativa reconduziu aos cargos os deputados Adelino Ribeiro (PSD), Elio Rusch (União), Nereu Moura (MDB) e Pedro Bazana (PSD) no fim da tarde desta quarta-feira (09). A nova posse aconteceu de forma online, com assinatura eletrônica, após notificação do Supremo Tribunal Federal (STF).

A reviravolta aconteceu na terça-feira (7) após a maioria do colegiado que compõe a segunda turma do STF reverter a decisão tomada pelo ministro Nunes Marques, que restituía o mandato do deputado estadual paranaense Fernando Francischini e também beneficiava os deputados Emerson Bacil, Paulo Rogério do Carmo e Cassiano Caron, todos do mesmo partido, União Brasil.

A cassação do mandato de Francischini pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aconteceu em razão da realização de uma transmissão ao vivo pelo Facebook no dia do primeiro turno das eleições de 2018, com a divulgação de notícias falsas sobre as urnas eletrônicas. Além disso, o TSE entendeu que ele promoveu propaganda pessoal e partidária. Para a Corte, a live caracterizou abuso de poder político em benefício de própria candidatura.

O motivo da cassação de Fernando Francischini ter se estendido a outros três deputados do antigo PSL, atual União Brasil, foi a votação expressiva, mais de 400 mil votos que o parlamentar recebeu nas eleições de 2018. Com essa quantidade de votos, o quociente eleitoral, que define quantos vagas os partidos têm direito, favoreceu outros deputados da mesma sigla