Curitiba voltou a registrar mais de dois mil casos ativos de Covid-19 após quase 50 dias. Nesta quarta-feira (4), conforme o boletim da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a capital paranaense contabilizava 2.021 pessoas infectadas e com potencial de transmissão.

A última vez que a cidade registrou essa quantidade de casos ativos foi no dia 21 de março deste ano, alguns dias após a Prefeitura de Curitiba liberar o uso de máscaras em ambientes abertos. Na ocasião, a taxa de infecção estava em queda e, agora, está subindo diariamente.

O quadro, no entanto, é tratado como dentro de uma normalidade por especialistas da área de saúde, pois, as infecções não estão refletindo em internamentos e casos mais graves da doença.

Para o especialista em doenças respiratórias, Marcelo Ducroquet, existem dois fatores que influenciam bastante nesse quadro de aumento no número de casos, mas com baixo índice de pessoas com necessidade de internação.

No entanto, uma preocupação constante é com as crianças, principalmente, aquelas que ainda não estão na idade para receber a imunização contra a Covid-19, ou seja, abaixo de cinco anos.

Conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), no Pequeno Príncipe, os cinco leitos pediátricos de UTI exclusivos para Covid-19 estavam ocupados nesta quarta-feira. Além disso, dos 10 leitos de enfermaria, seis estavam com pacientes.

Além disso, a circulação de outras doenças respiratórias também preocupam os agentes de saúde, pois, mesmo com a possibilidade de vacinação, muitos pais deixaram de imunizar os filhos, como explica o vice-diretor do Hospital Pequeno Príncipe, Victor Horácio de Souza Costa Júnior.

Em todo o Paraná, a média da taxa de ocupação dos leitos de UTI Covid-19 está em 71%. Dos 656 leitos, 467 estavam ocupados. Já a média da taxa de ocupação dos leitos clínicos/enfermaria está em 57%. Dos 1.287 leitos, 735 estavam ocupados.