Uma análise feita pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Curitiba apontou que a capital paranaense teve um aumento no número de possível reinfecção por Covid-19.

Até agora, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) cinco variantes da doença foram identificadas, mas são dezenas de sub-linhagens já reconhecidas, o que torna possível que uma mesma pessoa seja contaminada duas vezes ou mais com o vírus SARS-CoV-2.

Por isso, em 2020, 0,4% dos diagnósticos do novo coronavírus em Curitiba foram considerados possíveis reinfecções, em 2021, foram 2,3% e neste ano os casos suspeitos subiram para 6,4%, como detalha Marion Burger, médica infectologista da Secretaria Municipal da Saúde.

Segundo o último boletim epidemiológico, divulgado pela SMS, Curitiba registrou desde o início da pandemia 520.310 casos confirmados e 8.505 mortes. De acordo com a especialista, as reinfecções podem potencializar doenças de base e gerar consequências maiores até mesmo em pacientes que na primeira vez que contraíram a Covid-19 tiveram sintomas leves ou foram assintomáticos.

Marion afirma que dois fatores são preponderantes para o aumento de quase seis vezes no percentual de suspeitas de reinfecções do coronavírus na cidade.